Era uma surpresa. Em que consistia ela? Em tornar livres todas as crianças que nascessem após a promulgação da lei, contanto que servissem, até os 21 anos, aos senhores de seus pais... O rebate de Teixeira Junior fora de agosto. Em setembro o gabinete cai. A sua maioria opinara que ainda era cedo.
Pedro II chama a organizar novo gabinete, "the right man in the right place", Pimenta Bueno. A celeuma levantada foi tamanha, tão fortes os ataques da imprensa, tão áspera a oposição que S. Vicente só encontrou um caminho: a demissão. Devia substituí-lo outro conservador, Rio Branco. Paranhos ia enfrentar uma situação tempestuosa. O imperador afastava-se para a Europa. A princesa Isabel assumia, pela primeira vez, a regência. O partido conservador cinde-se. A imprensa faz uma carga tremenda contra o gabinete. Os debates se agitam. Paulino de Souza comanda a oposição. Nela se arregimentam José de Alencar, Ferreira Viana, Andrade Figueira e outros. No Senado essa oposição teria, a fortalecê-la, uma figura notável e curiosa: Zacharias de Vasconcellos. Paranhos pronuncia 21 discursos sobre a reforma. A 28 de setembro de 1871 a lei é votada pelo Senado. A regente sanciona-a no mesmo dia. Na câmara a lei obtivera 65 votos a favor e 45 contra. No Senado fora mais fácil, 33 a sete. O Senado era permanente...
Nove anos correm. Em 79, Nabuco na Câmara e Jaguaribe no Senado reclamam a fixação da data para a emancipação total. Nabuco viria a propor, para isso, a data de 1º de janeiro de 1890. O gabinete e a maioria liberal recusavam-se a discutir tal proposta.
O ano de 84 vai ser cheio de acontecimentos relacionados ao problema. Em junho, Dantas organiza o gabinete. É um abolicionista conhecido. Logo no mês