Não era a primeira vez que tais reformas eram propostas, quer no todo quer nas partes. Era a voz dos extremados, porém. Não na queriam ouvir os responsáveis pela coisa pública. Também, era muito tarde.
A dissolução dos princípios partidários era tão extensa, nos últimos anos do segundo império que eles constituíam uma verdadeira mistura de ideias e de preceitos. Entre os liberais, por exemplo, a diversidade de opiniões constituía uma heterogeneidade tal que não havia disciplina partidária que os mantivesse unos. Silveira Marfins era livre pensador enquanto Laet e Zacharias eram crentes. Ouro Preto encarnava a superioridade da ordem civil enquanto Pelotas e Deodoro, vindos da campanha externa simbolizavam a força militar. Martinho de Campos fazia praça das suas ideias de escravocrata enquanto Nabuco alteava a sua voz eloquente e sincera em prol da abolição pura e simples.
Entre os conservadores as coisas obedeciam ao mesmo diapasão. Foi o conservador Rio Branco o autor da lei do ventre livre e o provocador da questão religiosa. O conservador João Alfredo ultimaria a obra abolicionista com a lei de treze de maio (166) Nota do Autor. Contraste notável esse que faria liberal o escravagista Martinho de Campos e conservadores os beneméritos da abolição, Rio Branco e João Alfredo!
Os republicanos, longe de manterem uma linha uniforme de procedimento político, longe de seguirem os princípios do manifesto de 70 e de tomarem a atitude clara e nítida diante dos problemas que iam acelerando a agonia do império, usavam de todos os processos, jogavam na maior latitude de ação. Fugiram e refugaram o abolicionismo quando ele lhes pareceu incerto e