brasileira, taxada por isso. E via passar por suas alfândegas a importação do Brasil. Porque não se consentia o comércio das colônias senão por intermédio dos portos do continente português-europeu e em navios portugueses. Centralizava, assim, Portugal todo o comércio das suas possessões, monopolizando-o e servindo como agente desse comércio ante as nações estrangeiras (13) Nota do Autor.
Para estabelecer mais frisantemente o contraste, basta assinalar que o valor da produção colonial lusitana subia a 16.103:966$250 dos quais o Brasil entrava com os citados 14.153:752$891. A parte do Brasil chegava a 87% do total da produção colonial portuguesa.
Por todos os modos auxiliava a colônia à metrópole. Oferecendo a sua produção para as taxas. Pagando as taxas daquilo que importava para as suas necessidades. Servindo à navegação portuguesa, no pagamento dos fretes. Drenando para Portugal a sua riqueza, para amparar aquela decadência que se fazia cada vez maior e que se desenvolvia apoiada nas facilidades que o surto brasileiro lhe proporcionava.
Isso correspondia a centralizar todas as atividades produtivas do mundo português. Porque, sustentando a vida efêmera e vazia da sociedade metropolitana, no que ela atravessava de mais difícil e de mais desordenado e improdutivo, a colônia chamava às suas terras os braços que Portugal não queria aproveitar na lavoura das suas terras vinculadas, preferindo que elas se convertessem em desertos e solidões, para viver da taxação imposta ao mercado brasileiro.
As migrações não foram, entretanto, como pode parecer, à primeira vista, destinadas a receber, somente,