Viagem à Província de Santa Catarina (1820)

já haviam chegado, ninguém me soube responder. Decidi-me, então, a levar uma carta de recomendação ao sargento-mor. Manoel de Souza Guimarães, que residia a meia légua de Garupava e estava encarregado de obter-me condução.

Saindo da armação para ir à fazenda do sargento-mor, atravessei primeiramente um areão coberto de relva e de arbustos, e em que abundava a mirtácea denominada Myrcia Garopabensis na minha Flora Brasilae etc., e uma ericácea vulgarmente chamada camarinha, cujos frutos negros, lisos, luzentes, dispostos em cachos, são refrigerantes e de gosto agradável. Em outra época do ano talvez eu tivesse colecionado nesse areão muitas espécies de plantas; mas, havia passado o tempo da floração, da qual existiam somente alguns vestígios. Apenas, como na estação outonal em França, um reduzido número de espécimes tardios e enfezados tinham ainda algumas flores.

O mais notável de todos os vegetais que se encontram na singular planície arenosa de Garupava, é uma palmeira anã que eu ainda não conhecia e à qual deram o nome de butiá (6)Nota do Autor. O seu tronco não atinge a mais de cinco pés de altura, é coberto