tornaram-se criadores, os segundos, fixando-se numa região de mata espessa e situada à orilha do mar, fizeram-se pescadores. Obrigados às correrias incessantes em procura das suas vacas e dos seus touros, os colonos do Rio Grande habituaram-se a andar continuamente a cavalo; os de Santa Catarina passam grande parte da existência dentro de suas canoas. Aqueles, respirando ar puro, galopando constantemente pelos campos, e nutrindo-se de carne de gado, adquiriram uma força e uma intrepidez notáveis; são robustos e corados. Estes, porém, alimentando-se exclusivamente de peixes, mariscos e farinha de mandioca, e respirando as emanações quase sempre insalubres de um solo paludoso, não possuem tanto vigor — são pálidos e de feição doentia.
Os habitantes do Espírito Santo, como os colonos de Santa Catarina, pouco se afastaram da orla maritima; uns e outros têm as mesmas ocupações e se alimentam da mesma maneira. Descendentes dos mais antigos colonos portugueses, que mantiveram frequentes relações com as mulheres indígenas, então numerosíssimas, os habitantes do Espirito Santo são mais americanos que os da ilha de Santa Catarina. Os índios já haviam desaparecido dessa ilha quando chegaram os açorianos,