Viagem à Província de Santa Catarina (1820)

Reconheço ser supérfluo dar conselhos aos habitantes rurais do distrito de S. Francisco, que, aliás, nem por isso deixarão de ser menos indiferentes que os habitantes das zonas mais recuadas do Brasil, que se contentam com pouca coisa. A pesca fornece-lhes alimentação segura e desde que possuam um rancho e uma canoa, tenham uma roça de mandioca para fazer farinha e comer com peixe, e apanhem algumas libras de algodão grosseiro para fazer um par de calças e camisas, — podem mais ou menos prescindir do resto. O mobiliário de suas casas é ainda mais reduzido que o das casas dos mineiros pobres. Para que mesa e bancos? Basta estender uma toalha no chão, para os convivas, agrupados em redor (25)Nota do Autor, servirem-se de peixe e farinha de mandioca.

Já me referi à situação em que se encontrava a população de S. Francisco cm 1820: depois dessa época nenhuma mudança notável deveria ter-se operado (26)Nota do Autor, e se tal se deu, é lícito atribuí-la ao tempo e ao exemplo dos colonos estrangeiros que ali têm sido introduzidos.

Sob um clima muito quente, numa região fertílissima, onde se não precisa de tanto esforço, como