Viagem à Província de Santa Catarina (1820)

na Europa, para a conquista do bem estar, esses últimos naturalmente sofreram alguma modificação. Mas, é difícil acreditar-se que os habitantes do lugar não se tivessem, por sua vez, modificado com eles; os estrangeiros perderam e os nacionais ganharam alguma coisa.

A mandioca e, em segundo lugar, o arroz que aí dá 120 por 1, eram as plantas que na época de minha viagem mais cultivavam em S. Francisco, sendo também esses os únicos gêneros que exportavam. Plantavam também algum milho, mas unicamente para a alimentação de galinhas e cavalos, que eram raros, e, às vezes, dos escravos; a cana-de-açúcar, que dava bem no distrito de S. Francisco, só era aproveitada no fabrico da aguardente; cultivavam-se ainda: exclusivamente para consumo local, café e algodão de qualidade inferior. Existiam bananas em abundância e de ótima qualidade.

Achando-se o distrito de S. Francisco situado ao oriente da grande cordilheira marítima, faz, naturalmente, parte da região das florestas, e os seus habitantes menos remediados, tiram o seu meio de subsistência da extração de madeiras para tábuas, que, aliás, são um importante artigo de exportação. Essa indústria poderia ser bastante considerável se a região fosse mais povoada, e já o seria presentemente