Um diplomata brasileiro na corte de Inglaterra: o Barão de Penedo e sua época

Vendo no filho sinais bem vivos de inteligência, o capitão Moreira de Carvalho preocupa-se em transformar seu Francisco Inacio em um bacharel amante das letras.

O pequeno se entusiasma com facilidade e faz do estudo uma alavanca de seu futuro.

Quando vem a desgraça e lhe tira o pai extremado, falecido a 1° de agosto de 1830, Francisco Inacio mantém as intenções de formar-se.

Aos quinze anos apenas, sabia reagir contra os desejos poderosos de sua mãe, que o queria ao lado, a tomar conta do engenho.

Reage e vence.

Que fosse a piedade filial cumprindo a vontade do progenitor ou uma vocação natural, entrega-se com ardor aos livros e termina os preparatórios.

Deixa então a vila natal e o rio seu amigo e xará.

O Penedo lá ficava com suas escarpas de rocha polida, beijando nas noites prateadas do sertão o São Francisco selvagem e impetuoso.

Foi do Penedo que uma criatura soberana primeiro desferiu seu voo ascensional.

***

Os cursos jurídicos vinham trazer a Olinda e São Paulo, os dois pontos escolhidos na vastidão do nosso território, a mocidade dos quatro cantos do pais, sacudindo com suas gargalhadas extravagantes o torpor dos lugarejos decadentes.

A seiva nova e barulhenta tomava de assalto as vielas sujas, pouco transitadas, verdadeiro achado para as galinhas ciscarem, montando guarda aos leitões roncadores.

Em 1834, Carvalho Moreira matricula-se em Olinda, no primeiro ano do curso.

Ainda seriam seus contemporâneos na Academia alguns dos vultos mais destacados na vida pública e futuramente os seus mais assíduos correspondentes, como Eusebio

Um diplomata brasileiro na corte de Inglaterra: o Barão de Penedo e sua época - Página 40 - Thumb Visualização
Formato
Texto