Vendo no filho sinais bem vivos de inteligência, o capitão Moreira de Carvalho preocupa-se em transformar seu Francisco Inacio em um bacharel amante das letras.
O pequeno se entusiasma com facilidade e faz do estudo uma alavanca de seu futuro.
Quando vem a desgraça e lhe tira o pai extremado, falecido a 1° de agosto de 1830, Francisco Inacio mantém as intenções de formar-se.
Aos quinze anos apenas, sabia reagir contra os desejos poderosos de sua mãe, que o queria ao lado, a tomar conta do engenho.
Reage e vence.
Que fosse a piedade filial cumprindo a vontade do progenitor ou uma vocação natural, entrega-se com ardor aos livros e termina os preparatórios.
Deixa então a vila natal e o rio seu amigo e xará.
O Penedo lá ficava com suas escarpas de rocha polida, beijando nas noites prateadas do sertão o São Francisco selvagem e impetuoso.
Foi do Penedo que uma criatura soberana primeiro desferiu seu voo ascensional.
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Os cursos jurídicos vinham trazer a Olinda e São Paulo, os dois pontos escolhidos na vastidão do nosso território, a mocidade dos quatro cantos do pais, sacudindo com suas gargalhadas extravagantes o torpor dos lugarejos decadentes.
A seiva nova e barulhenta tomava de assalto as vielas sujas, pouco transitadas, verdadeiro achado para as galinhas ciscarem, montando guarda aos leitões roncadores.
Em 1834, Carvalho Moreira matricula-se em Olinda, no primeiro ano do curso.
Ainda seriam seus contemporâneos na Academia alguns dos vultos mais destacados na vida pública e futuramente os seus mais assíduos correspondentes, como Eusebio