Um diplomata brasileiro na corte de Inglaterra: o Barão de Penedo e sua época

para o bairrismo de província que então existia, mas como acadêmicos, eram todos uníssonos e solidários.

Olinda semelhava a antiga Coimbra donde tinham vindo alguns brasileiros findar o bacharelado desde que se haviam criado em 1827 os dois cursos jurídicos em Pernambuco e São Paulo.

Menos a batina e o gorro da velha Universidade, foi tudo mais trazido por esses primeiros íncolas da nova Academia, os costumes, os ditos, chistosos ou cabalísticos, até as denominações que ainda até hoje ficaram de cafajeste e futrica.

O estudo acadêmico era sério e proveitoso. A frequência obrigatória das aulas no curso letivo e os exames em geral de alguma severidade tornavam o curso anual objeto de cuidado para o estudante carecedor desse estímulo.

O corpo de professores não era muito notável em sua totalidade, mas nele figuravam com grande brilho os doutores Pedro Autran, Moura Magalhães e mais tarde Paula Batista, já filho da mesma Academia...

Sob esse regímen e com esses mesmos professores havia nesse tempo em volumosos grupos grandes estudantes de diversas províncias, tais como Teixeira de Freitas, Nabuco, Ferraz, Cotegipe, Sousa Franco, Sinimbú, Furtado e outros."

Principalmente com certos colegas de Faculdade, Carvalho Moreira estreita muita amizade, Cotegipe, Sinimbú, Nabuco de Araujo, Teixeira de Freitas.

Todo um núcleo de amigos saberia ele manter num convívio delicado.

Sobretudo nesses tempos de Olinda se explica muito naturalmente a aproximação grande entre os acadêmicos, que encontravam na palestra um meio constante de passar o tempo.

E Carvalho Moreira revelava desde então seus reconhecidos talentos de causeur, com raro poder de sedução pessoal.

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