da pelo Rodrigues, o qual incumbido do resgate e não sabe de quantas cousas mais pelo Prado, telegrafou dizendo: "Negócio impossível, Ministro contra".
"Só um homem dos precedentes dele podia praticar essa infamia, e caluniar-me desse modo; e só o seu digno protetor poderia ter lhe recomendado essa astuciosa mentira, para com ela pretextar a necessidade do remover de Londres, aquele a quem o seu agente denunciava como sendo um obstáculo insuperavel à realização da política industrial do Governo aqui. Não posso agora dizer tudo quanto cabe dizer sobre esta emboscada, cujo motivo real não é menos desairoso ao mandatário que ao mandante.
Tudo isso hei de tirar a limpo".(*) Nota do Autor
O termo, mau grado sua dureza, tinha vezos de exatidão. Emboscada, e sórdida, por que envolvia questões de dinheiro a perceber como porcentagens, por parte de José Carlos Rodrigues, - cerca de 20,000 libras - que depois lhe serviram para comprar o Jornal do Comércio, firmando como testemunha da escritura de compra e venda o mesmo Prado...
Seu posto ideal, de qualquer maneira, estava definitivamente perdido. Fez as malas e atravessou a Mancha. 32, Grosvenor Gardens não poderia material e humanamente ser perdida assim de um momento para outro. Fazia-se imprescindível uma transição.
A mansão de Londres ficará ainda alugada a ele, para gozo pessoal e endereço da correspondência, até se perderem as esperanças.
Então se conforma com Paris? Mas que fazer aí? Republicana no Governo e no espírito, a França de 1889 estava bem longe daqueles tempos ufanosos de Napoleão III, dos saraus de Saint-Cloud e das palestras de Drouyn de Lhuys.
Não lhe seria indiferente a queda do Gabinete João Alfredo.