não tem nada de surpreendente, ela é inerente a seu temperamento e seus efeitos foram agravados pelo fato de eles terem sido isolados da sociedade germânica, desde o começo. Apenas na Côte des Allemands o movimento de assimilação foi um pouco mais lento do que entre as famílias isoladas e nos pequenos grupos. Na Louisiana nunca existiu um dialeto franco-alemão comparável ao Pennsylvania Dutch, mistura de alemão, inglês e holandês".(40) Nota do Autor
Os alemães da Pensilvânia constituíram algumas comunidades homogêneas. Em 1739 fundou-se o primeiro jornal em idioma germânico publicado nos Estados Unidos. Atingiu uma tiragem de quatro mil e cuidou exclusivamente de interesses religiosos. A cultura dessas comunidades teve um desenvolvimento muito interessante como mostra o seguinte trecho:
"Depois do rompimento da Revolução Francesa, a imigração alemão diminuiu gradativamente, a ligação com o país de origem enfraqueceu. Entretanto, o idioma dos imigrantes e, mais particularmente, o de seus filhos, foi sofrendo mudanças acentuadas. Palavras inglesas com inflexões germânicas foram penetrando a língua falada e até corrompendo a língua escrita. Muitos entre os Pennsylvania Dutch foram tão completamente americanizados, na primeira parte do século passado, que julgavam seu idioma fosse um dialeto nativo e eles os únicos alemães no mundo. Relata-se que um viajante alemão desse período encontrou um Dutchman da Pensilvânia o qual, notando que pareciam falar o mesmo idioma, lhe dirigiu a palavra:
'O Sr. fala um alemão de primeira ordem. Há quanto tempo está no país?'
'Cerca de seis meses' foi a resposta.
'Bem, surpreende-me que o Sr. fala tão bem'".(41) Nota do Autor