estar prestes a estourar aquele dilacerado coração de pelejador, a palpitar pela sorte dos filhos em pleno cerco do Porto, numa infindável tragédia que venceu, para parar logo em seguida... De lá, o Imperador se limitava a pedir:
"Rogo-lhe sobretudo (escrevia à condessa de Itapagipe) que cuide em que meus filhos mostrem bom modo a todos: - que suas maneiras sejam delicadas; que, quando conversarem, suas palavras sejam bem pronunciadas e escolhidas".
Quanto padecera, o estouvado, para assim encomendar, da beira do túmulo quase, a formação moral do continuador de seu nome!
Em 7 de abril de 33, confidenciava ele, de tão longe, para os filhos:
"Que dia de luto e de tristeza para mim! Foi neste mesmo dia que me vi obrigado a separar-me do Brasil e de vós!"(2). Nota do Autor
Queriam roubar a imperial criança!
Ao entardecer de 21 de setembro, chegaram à Quinta da Boa Vista, alarmados, dezesseis juízes de paz. Às nove da noite eram mais de cem as pessoas que, entre o portão e a escadaria do palácio, juravam defender os principezinhos. Havia entre eles homens ilustres, da justiça, da política... Mas contra quem?
O chefe de polícia lá esteve. O tutor disse-lhe ter sabido que na Chácara da Floresta se reuniam conspiradores, que planejavam raptar Pedro II - e tomara as suas províncias.
O ministro da justiça Aureliano Coutinho, em ofício à regência, achou que isso merecia riso...