de outrora. Aquilo retemperava-lhe a alma. Voltara à sua vocação, de professor em férias. Correspondia-se com Theodore Reinach, Sully Proudhome, Quatrefages, Maxime du Camp, Jules Simon. Comunicara a Sully Proudhome o seu projeto, de traduzir Lucrecio: em abril de 90, o poeta o estimulara, falando da "precisão e gosto dum espírito científico e literário", capaz de entender o latino. E em julho, agradecendo o pedido de um livro de poesia: "Puisse ce culte... adoucir... le double veuvage de la compagne auguste et de la patrie sacrée".
Aturdia-se.
Dez meses tinham passado.
Inqueriu uma vez, a Afonso Celso:
- Terá por acaso, o senhor, publicações recentes do Brasil? - Queria ler as novidades, pôr-se em dia com a literatura...
Respondeu o filho de Ouro Preto, que nada de importante se publicara depois da revolução.
- Admira. A mudança poderia acrescentar esta vantagem ao menos: estimular as imaginações, acoroçoar as produções literárias, rasgando-lhes horizontes... Há de vir, há de vir. - E positivo: O Brasil será forçosamente o herdeiro, o representante, o continuador das glórias da raça latina sobre o orbe.
E largou a correr o hospital Bichat, seguido -numa manhã de chuva - por professores, internos, estudantes...
Jantava uma vez com Renan, Nioac, Eduardo Prado, Ferreira Vianna. Falou-se da restauração. Os olhos do Imperador interrogaram a Vianna, que respondeu:
- Acredito; tanto que peço desde já a Vossa Majestade que se comprometa a fazer-me uma graça nesse dia.