Como é belo o grego! Estimaria muito cartear-me com o senhor sobre tais assuntos.
"Continuo os meus outros estudos.
"Conto brevemente sair daqui, e em Paris ou perto de Paris, trabalhar a meu gosto.
"Que trabalheira mandar vir livros! Bem o experimentei agora para obter os de que preciso para explicar um pouco de Egiptologia aos meus companheiros..."
Vichy esvaziara-se.
O seu terceiro inverno europeu não devia encontrá-lo em Paris. Mas prometia ver apenas o Instituto, a Academia: e recolher-se-ia, à paz da "côte d'azur", onde o devastado organismo se lhe enfibrava, de energias novas. Nioac arranjou-lhe cômodos num hotel modesto, rúe de l'Arcade 17, o "Bedford", próximo da praça da Concordia. Era central, módico, sossegado. Calçava umas botas especiais, acolchoadas, para o pé que cicatrizava. Oferecia o seu pequeno volume das poesias hebraicas aos sábios do Instituto. Nunca se sentiu tão bem como nas sessões da insigne sociedade, entre matemáticos, químicos, filósofos. Todos se levantavam, para cumprimentá-lo: ali, mãos cordiais, sorrisos francos, suave ou caloroso acolhimento, lhe restituíam o seu ambiente, dos tempos radiosos, de 1872 e de 77, quando lhes fazia o favor de prestigiar os trabalhos, como um augusto Mecenas. Pasteur recebera de mau humor o primeiro estudante brasileiro que o procurou no seu instituto; instituto que D. Pedro II auxiliara com vultosa importância: Porque expulsaram aquele bom velho?... O rapaz respondera-lhe: Os senhores franceses fazem pior essas comas; a Luiz XVI, cortaram a cabeça... Renan era dos seus interlocutores. Não havia mais Victor Hugo, Karr, Dénis: agora - morto na penumbra - Gobineau