da Pátria... Por isso o tratavam com tão aflitos cuidados e, em torno dele, forças poderosas contendiam: Andradas, Aureliano, o exército, as massas...
Em 2 de dezembro, aniversário do Imperador, a Sociedade Militar, na qual predominavam os portugueses, do exército velho, suspendeu na fachada um painel alegórico. Era bonito, mas equívoco. Alguns identificaram, numa das figuras do quadro, o ex-imperante. Foi como se descobrissem o Anticristo. A turba, arrastando a capoeiragem das ruas mortas, ameaçou tomar de assalto o prédio. Mas, prudentes, os homens da Sociedade Militar preferiram tirar o cartaz, e logo se viu o engano. A paixão popular cegava! E tanto assim que, no dia 5, à notícia de que a Sociedade voltara a funcionar, invadiu a patuleia o largo de São Francisco, entrou de roldão pelo edifício, e tudo depredou, aos vivas ao Imperador, à Regência, à Constituição. O povo? Não; o governo.
O que este queria era o fim daquilo, que se fechasse o tal grêmio, que à queda do último baluarte conservador o sebastianismo se dissolvesse, numa nuvem de pó... Empastelaram-se jornais, a regência prometeu trancar o clube dos oficiais, e - o que justificava o resto - na praça pública foram colhidas assinaturas, para um requerimento em que se pedia a remoção do tutor, o desterro de José Bonifácio...
Parecia um passo arriscado, uma ofensa ao direito, pois ele representava o pai, fora nomeado por D. Pedro I.
Respondia-se: o órfão pertencia à nação, que o adotara!
Em 14 de dezembro, Aureliano resolveu-se. "Considerando-se os grandes males que devem resultar de que o conselheiro José Bonifácio de Andrada e Silva