O devassamento do Piauí

de Sebastiano Cabotto, Diogo Homem, Fernão Vaz Dourado (1580), Jan Van Doegt (1585). Na reconstrução esquemática do mapa de Alonzo Chaves (1536) a altura é menor (dois graus e um quarto).

A altura do paralelo, entretanto, não tem maior importância, pela descrição que faziam desse trecho do litoral, com uma orientação francamente noroeste-sueste. Pelas narrativas, seria difícil identificá-lo, diante da cartografia atual. O Sr. Teodoro Sampaio acredita que o rio João de Lisboa seja o atual Mearim. (Da evolução histórica do vocabulário geográfico, na Revista do Inst. Hist. de São Paulo, VIII, pág. 115). No mapa de Van Doegt parece corresponder antes ao Preá. Das características de Gabriel Soares, poder-se-ia também acreditar que fosse o atual rio das Preguiças. O Professor Pirajá da Silva admite que seja o Periá ou talvez o Rio Monin. (Notas a Gabriel Soares de Sousa, Notícia do Brasil, I, 81) .

Tudo vago e infinitamente conjectural. O desaparecimento do nome do rio verificou-se num tempo, em que ainda eram mal conhecidas e mais ou menos abandonadas essas regiões da costa Leste-Oeste.

Nota III

VIAGEM ENTRE O MARANHÃO E O CEARÁ

As dificuldades de navegação davam lugar a uma campanha, para que o Ceará fosse dependente do Governo de Pernambuco e não do Estado do Maranhão. E no esforço da controvérsia, os algarismos se deturpavam e os fatos surgiam diferentes. Martim Soares Moreno calculava em cinco e seis meses a viagem entre o Maranhão e o Ceará, não só por ser costa inavegável, como pela hostilidade do numeroso gentio, enquanto do Ceará a

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