O devassamento do Piauí

Antes deles se registrava o episódio, que o Padre Cristóvão de Acuña descrevia no capítulo do rio Tocantins:

"Aportaram às cabeceiras deste rio certos soldados portugueses que, vindos de Pernambuco, com um sacerdote em sua companhia, depois de atravessar todas as vertentes das Cordilheiras, em busca de novas conquistas, e querendo por ele abaixo navegar até o fim, o tiveram desastrado nas mãos dos tocantins, em cujo poder, não há muitos anos, se encontrou o cálice, com que o bom sacerdote lhes dizia missa em suas peregrinações." (1) Nota do Autor

"Esta empresa — observa Pereira da Costa — portanto, teve lugar pouco antes de 1639 e é bem provável que os sertanistas fizessem a sua derrota atravessando o Piauí pela serra Dois Irmãos". (2) Nota do Autor

A passagem de Francisco Dias de Siqueira, que Pedro Taques menciona entre os paulistas que estiveram no sertão do Norte, ocorreu em proximidades de 1677. Ele próprio, Francisco Dias de Siqueira, dava-se como tendo reduzido à sua amizade índios do sertão do S. Francisco, nas cabeceiras do Maranhão e do rio de Parnaguá. Acrescentava que os havia pacificado à sua custa e com o seu trabalho, pelo que o Governo-Geral lhe conferiu patente de Capitão-mor de toda a gente branca e índios que tivesse consigo, e mais das aldeias e nações nomeadas e das outras que fosse reconduzindo à obediência régia.

Ficavam às ordens desse paulista dois Capitães de ordenança, para o comando das companhias em que se

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