em carta de 26 de julho de 1675, dava ao Rei conta de vários fatos. Narrava ele então:
"Que o ano passado mandou gente por sua ordem e criados seus a descobrir novas terras pelos sertões de Pernambuco e do Rio Grande, aonde chegaram após a obediência de quantidade de gentio brabo, cujos Príncipes foram falar com eles e os agasalhou, vestindo-os, e fazendo com eles grande dispêndio, e estes moravam distante da orelha do mar 130 léguas e lhe deram por notícia que donde eles assistiam de morada, a seis ou sete dias de caminho, lhe mandariam mostrar dois grandes rios, que corriam para o poente, em os quais diziam haver de importância e um Capitão-mor fulano Rapôso, que entrou em S. Paulo e saiu no Pará, também deu notícia destes dois, na mesma conformidade, e que os ditos gentios lhe disseram também que tinha os calções e mangas apertadas, e que era gente branca, e sendo como eles diziam, não podiam ser senão castelhanos, e que quiseram saber se convinha chegar a estes limites, porque determinara tornar a mandar gente, e o não intentava fazer sem ordem de V. A." (1) Nota do Autor
A referência a "fulano Rapôso" reportou-se, possivelmente, a Antônio Rapôso Tavares, o autor do formidável périplo do devassamento continental. Saindo de S. Paulo, rompeu pelo interior, chegou ao rio Paraguai, atingiu o Guaporé e o Madeira, entregou-se à corrente do Amazonas, que o levou a Gurupá, onde apareceu em 1651, com cerca de 60 homens. Houve um outro Antônio Rapôso, que