Viagem Militar ao Rio Grande do Sul

Polícia, uma espécie de arsenal, atualmente transformado em quartel, e por fim o Palácio da Presidência. O lado superior da praça é fechado por uma igreja, diante da qual plantaram duas palmeiras que parecem custar muito a viver. O resto da cidade é formado de ruas estreitas, mas bem alinhadas e que se cortam em ângulos retos, algumas tão bem calçadas como a rua do Ouvidor no Rio de Janeiro, e que todas, graças à inclinação do terreno, se acham perfeitamente secas, se bem que de noite, segundo me dizem, tenha chovido torrencialmente. As casas têm bom aspecto, mas, a não ser na praça grande, só têm pavimento térreo. As ruas parecem desertas, e o aspecto geral é mais de uma vila que de uma capital de província. É isto mais sensível na parte adjacente à linha da costa, onde não há cais, mas tão somente a praia de areia fina.

Não vejo na cidade nem uma carruagem. A população, segundo diz o presidente, é de 12.000 almas.

A pedido do presidente, entro um instante no palácio, onde comparecem outras autoridades e o vice-cônsul de França, suíço chegado ao Brasil há trinta e três anos para fundar uma colônia que, segundo creio, se malogrou. Tem agora os seus dous filhos nas tropas que já se encontram no Sul. Depois de ter entrado na vizinha igreja, passo ao quartel que fica fronteiro. Contém atualmente o 28° batalhão dos Voluntários da Pátria, que foi aqui formado de contingentes de diferentes províncias, mas principalmente do Norte. Estão aqui demorados, porque ainda lhes não deram armamento; espera o coronel Fonseca Costa que venha no Oiapoc. Têm estes voluntários, como todos, dous uniformes: blusa de lã azul-clara, apenas apertada na cinta, e farda com botões de metal amarelo, lisos. Mas esta farda, que nos do Pará, por

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