mastros. Estão fundeados vários vapores, dous deles carregados de tropas e prontos a partir para Montevidéu.
Vamos encontrar o imperador a bordo do Gerente, assistindo a regatas a remos. Ao ver os barcos, e sobretudo os remadores, poderíamos julgar-nos no Tâmisa. São as mesmas camisolas de flanela e os mesmos chapéus de palha redondos com fitas azuis. De resto, quando os vencedores vieram receber as medalhas da mão do imperador, pudemos reconhecer a origem britânica da maior parte pelos cabelos louros e sobretudo pelo sotaque com que exclamavam: "Viva a Nação Brasileira! Viva Sua Majestade, o Imperador!"
Decididamente é o Rio Grande, de todas as povoações da província, a que faz mais demonstrações. Apesar de o imperador achar-se já há dous dias na cidade, não cessaram os mais variados vivas desde que desembarcou até que, seguindo sempre a pé, voltou aos seus aposentos. Tambem a Tríplice Aliança parece ser aqui mais popular; em quase todos os edifícios se veem, aos lados da bandeira brasileira, as bandeiras, mais pequenas, das duas Repúblicas nossas aliadas; às vezes até o escudo imperial é sustentado pelas bandeiras republicanas.
Tornamos a ser hóspedes da excelente família Eufrásio. As meninas continuam a estudar piano com o seu mestre alemão. O filho do Sr. Eufrásio, que era 1º sargento, é já alferes.
Apenas chegado, o imperador tornou a sair para ir assistir à cerimônia da confirmação, que o bispo veio fazer ao Rio Grande. À noite fomos a um suposto baile, depois de ter percorrido em toda a sua extensão, e sempre a pé, as ruas iluminadas.