endereçado para o Instituto Histórico, e não para rua Itapiru. Meu filho, há dias, voltou a Cannes, depois de uma digressão pela Itália; procurarei lembrar-lhe outro exemplar.

Estimei saber por sua interessante carta que conseguiu instalar o venerando e sempre prestimoso Instituto Histórico em um novo corpo central do Silogeu Brasileiro, e que aí se conservam, em lugar de honra, diversos retratos do saudoso Imperador.

Agradeço-lhe conservar no gabinete do Presidente o retrato da Princesa e o meu.

Quanto ao que me diz dos restos preciosos dos venerandos Imperantes já saberá que estimaremos sua transladação para o Brasil; mas a Princesa não admite que sejam conservados em outro lugar que não seja a torre nova da Catedral, ou provisoriamente, se porventura não estiver em tempo preparado este local, em outro lugar sagrado. Neste sentido escrevemos ao Conselheiro João Alfredo e ao General Lassance e também está prevenido o Sr. Cardeal.

Receba, Sr. Fleiuss, as lembranças saudosas deste amigo velho — Gastão d'Orléans.

— Alude o Conde d'Eu à mudança do Instituto Histórico para uma parte que construiu, no edifício do Silogeu Brasileiro, o que ocorreu em Outubro de 1913.

O Instituto foi fundado em 21 de Outubro de 1838 e ocupou uma das salas no antigo Museu Nacional (hoje Arquivo Nacional). Em Fevereiro de 1839 foi transferido para o pavimento térreo do edifício do almoxarifado do Paço da cidade. Em 1840 mudou-se para a sala à esquerda da portaria das Damas, no mesmo Paço. Ainda nesse ano o Imperador mandou preparar uma sala no terceiro pavimento da dependência do Paço (antigo Convento dos Carmelitas). Em 1856 e em 1881 o Imperador concedia-lhe, no mesmo local, outras salas. Em 1891 passou a ocupar todo o terceiro pavimento, que em 1906 foi inteiramente reformado, até mudar-se em 1913 para a atual sede, devendo-se esta última realização aos esforços do presidente perpétuo, Sr. Conde de Affonso Celso.