volumes da Revista do Instituto que publicarem esses trabalhos históricos.
Agradeço-lhe pedir-me mais um exemplar do insignificante Diário do meu passeio à volta do mundo. Receio, porém, que me seja muito difícil satisfazer esse seu desejo, pois o restante da edição foi há anos já acidentalmente queimada em casa do editor.
A terrível guerra continua sem apresentar, infelizmente, probabilidades de próxima conclusão. Ambas as partes entrincheiraram-se por tal forma, que se tornam quase que inexpugnáveis, na opinião dos competentes, as linhas de defesa; são, pois, de resultados pouco importantes os quase diários combates. Estando todos os governos beligerantes resolvidos a combater até o fim, parece que só o esgotamento de munições ou outros recursos poderão trazer a cessação da tremenda luta, agravada pelo uso crescente de aparelhos aéreos e submarinos!
Como verá do incluso cartão, nossos filhos que se acham nos Estados-Maiores do Exército Britânico, poderão vir ver-nos. Depois de estarem expostos ao violento bombardeio que quase aniquilou, sem aliás conseguir conquistá-la, a bela cidade de Yprés e as localidades vizinhas, tendo afinal decrescido a intensidade dessa luta, foram mudados os Corpos de Exército a que pertencem; e acham-se hoje distantes daqui só três ou quatro horas de automóvel.
Receba, Sr. Fleiuss, muitas saudosas afetuosas lembranças. — Gastão d'Orléans — Conde d'Eu.
As cartas de dom Pedro Segundo ao conselheiro José Antonio Saraiva, existentes no arquivo desse estadista do Império e que foi doado ao Instituto Histórico pelo meu velho e prezado amigo Dr. Francisco Mendes Pimentel, a meu pedido, apareceram publicados no 1º vol. dos Anais do Primeiro Congresso de História Nacional, levado a efeito pelo Instituto em Setembro de 1914.
Revelam, mais uma vez, o incessante interesse do Imperador pelos negócios do Estado. Numa delas, dom Pedro Segundo expende longas reflexões sobre a eleição direta, que o ministério Saraiva, de 28 de Março de 1880, tornou uma realidade.