Viagem Militar ao Rio Grande do Sul

Depois do jantar, a filha mais nova, que estudava com um mestre alemão cujo nome me passou, tocou ao piano trechos da Favorita. (1)Nota do Autor

Este divertimento foi interrompido pela visita do comandante militar, que veio trazer uma má notícia, chegada naquela mesma noite e vinda por Bagé e Pelotas sem passar por Porto Alegre. Os paraguaios tinham passado o Ibicuí a 24 de julho em força de alguns milhares de homens. Vou dar alguns esclarecimentos, para os leitores que não estiverem muito familiarizados com a geografia destas regiões.

A fronteira ocidental da província do Rio Grande do Sul é toda formada pelo Uruguai, grande rio que a separa da província de Corrientes, pertencente à República Argentina, e que nesta parte corre na direção geral do Nordeste para Sudoeste. Da margem esquerda, que é a margem brasileira, recebe o Uruguai vários afluentes: o principal é o Ibicuí, que corre a leste-oeste. Mais ao Sul, e paralelamente a este, corre o Quarahim que nesta parte forma a fronteira entre o Brasil e o Estado Oriental. Os paraguaios, saindo do seu país, atravessaram, sem disparar um tiro, a província argentina de Corrientes; em seguida passaram Uruguai na parte superior do seu curso e penetraram na província brasileira do Rio Grande do Sul, apoderando-se das vilas de São Borja e Itaqui,

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