A Princesa Isabel - a Redentora

Era a terceira geração de princesas que povoaram a Quinta com a sua travessura e os seus laços de fita. Primeiro as tias de Portugal, fiscalizadas molemente pela tolerância pasmada e risonha de D. João VI. Depois as manas, Januaria, Francisca e Paula. Agora, a filha rubicunda, de olhos de água-marinha... E que nome lhe poria? Tereza Cristina lembrou a rainha-viúva de Nápoles. Era justo que a tomassem por madrinha. Chamar-se-ia, como essa avó espanhola, Isabel. Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaéla Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança - o nome todo. D. Pedro II concordou. A segunda filha teria, em compensação, o nome da avó paterna, a doce Leopoldina. Nome, e destino de acabar moça e melancólica, em país estrangeiro... Na saudade da mãe, que lhe ficara na Itália, Tereza Cristina pagava uma dívida de amor e confessava uma admiração natural.

Isabel de Bourbon só fora fraca na sua viuvez prematura, de forte e viva mulher cuja alegre conversa acendera na corte das Duas Sicílias - propensa a um spleen indefinível - luminárias de espírito. Unira-se, num casamento morganático, que o filho-rei acabara aprovando, com um general de 34 anos, o belo Francisco del Balzo.(1) Nota do Autor A condessa de Boigne viu-a em Paris rotunda, bulhenta e excessiva como uma duquesa da corte de Maria Luiza, dos últimos serenins de Aranjuez, no tempo de Godoy(2). Nota do Autor No seu "jornal", a rainha Marie Amélie sorriu - em 1802 quando o "Nasone" - Fernando IV - entrou no palácio com a nora Isabel, "mínima pessoa redonda e gorda como uma bola"(3), Nota do Autor sem educação, chorando,

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