tinto de sangue. Era a hemoptise. Uma pausa, de espanto, arrefeceu a desordem; porém D. Pedro, pálido, a grossa mão de soldado(3) Nota do Autor apoiada à tribuna, ordenou em alta voz à orquestra - "Póde começar." - E o espetáculo começou...
De fato, o espetáculo concluía-se.
D. Pedro doeu-se, horrorizou-se das violências que se praticavam em nome da liberdade, teimou, escondeu por mais tempo a tosse tocando piano às necessidade, entre D. Maria II e D. Amélia, que se assustavam em segredo da sua lividez, da sua magreza, da sua melancolia - e continuou a organizar a vida nacional.
Triste ocasião, essa da lenta normalização, com as cinzas de um longo passado ainda queimando, debaixo dos destroços da sociedade histórica!
A 20 de junho, em Queluz, para onde fora espairecer, com o médico leal, João Fernandes Tavares, trazia cáusticos, pensando em restabelecer-se na provinda, esperançoso de dias quietos, que lhe permitissem recordar a sua música, a sua mocidade, o seu sonho. A família acrescera-se aí de uma infanta. A Sra. D. Isabel Maria. A mesma infanta que regera o reino depois da morte de D. João VI e a toda parte acompanhara D. Miguel, fiel à sua causa até Evora-Monte. Com o embarque