do irmão rompera mansamente o seu laço político e voltara, muito breve e muito digna, ao convívio de D. Pedro. D. Isabel Maria e a Loulé recordavam-lhe a Boa Vista, a larga família dissipada e dispersa pelo tempo. O cunhado, o duque Loulé, completava-a. Com a sua fisionomia duma impassibilidade olimpica, mixto de majestade, de indiferença, de abstração e de leve desdem"(4) Nota do Autor de Marialva, que era... D. Amélia abrira-lhes os braços indulgentes, ávidos de apoio. D. Pedro piorava. A medicina diagnosticava inflamação do bofe, hecticia, sintomas de hidropisia. A doença escavava-lhe o pulmão. Transfigurava-se, macilento, a barba mais negra sobre a face de cera, o forte nariz afilado; as narinas transparentes, um suor glacial na fronte, enfraquecendo todos os dias, a assistir à lenta, deserção das suas forças, à gradual invasão da morte.
Em 27 de julho foi a visita ao Porto, em companhia da rainha. Depois da tragédia, a apoteose. Naquele horizonte incandescente da guerra os arcos de triunfo coroaram as minas; e a população estoica, orgulhosa dos seus sacrifícios, se enfeitou com as hidranjas do Mindelo...
À partida, D. Pedro suspirou:
- Adeus Porto, nunca mais te verei...
A abertura das Cortes foi a 15 de agosto, dia de D. Maria da Glória. D. Pedro vai ler a fala do trono.