do 5.°. Era o batalhão da guarnição da ilha Terceira, que estivera em armas por cinco anos, arrastando o seu fio de sangue pela história da restauração. A ele dera D. Maria a bandeira bordada pelas suas mãos. O batalhão-mártir. O soldado apresentou-se, perfilado, a sua medalha da Torre e Espada no peito arqueado de praieiro, as pernas trêmulas, uma onda de emoção a sufocá-lo. Atraiu-o brandamente, abraçou-o e disse-lhe: "Transmite aos teus companheiros este abraço de saudade..." O soldado saiu soluçando, e fora do palácio, desesperado, bradava: "Ó Deus, porque uma bala não me matou no Porto, antes de ver neste estado o meu coronel!"
Realmente, a 17 de setembro já não podia mais.
O fardo da regência esmagava-o. Reuniu os ministros, enxugou os lábios sangrentos num lenço, e declarou maior a Sra. D. Maria II, aos quinze anos. Queluz era o túmulo. Retirara-se para lá certo de que acabaria logo, na casa em que nascera, antes de acabar setembro! O outono principia a amarelecer as árvores e as áleas de Lenôtre, marginadas de buxos, com os mármores clássicos palpitando a sua arte no meio das carvalheiras, se cobriam da folhagem que o vento carrega...
Depois, D. Pedro, aconchegando almofadas, escreveu a sua carta de despedidas à Câmara. O presidente, bispo S. Luiz, leu-a no mesmo dia, as palavras molhadas de lágrimas:
"Senhores deputados da Nação Portuguesa: