Na Planície Amazônica

primeira hipótese, encher e vazar correspondem a correr para dentro e para fora. Na segunda, simples diferença de nível, pois a diretriz das massas líquidas, no último caso, tem a sua frecha apontada para a foz. Em outubro começam a engrossar as altas vias, em novembro as médias, em dezembro as derradeiras. Abril inicia a seca das primeiras, maio das segundas, junho das terceiras. A data de São João, para os moradores de Manaus, abre ali a vazante. Os tributários meridionais da bacia, sulcando região aluvial dupla da contrária, alagam com o Rio-Mar, enquanto a maioria dos setentrionais só alaga quatro meses depois, estabelecendo-se assim o equilíbrio das reservas potâmicas, de modo a não deixar a via-máter secar muito. A correnteza, na época abrasadora, setembro e outubro, não excede em Óbidos, Itacoatiara, a milha e meia, mal fluindo fora daí. À proporção que o rio cresce, a velocidade cresce também, alcançando, nas cidades referidas, quatro, cinco milhas na plenitude da cheia; seis, sete, oito a montante, nas angusturas remotas, cujo declive é vivo. Assim que a descida das águas se anuncia pela florescência dos taxizeiros, pelo desaparecimento das tronqueiras e ilhas flutuantes que derivavam à superfície, e ainda pela barragem escura do lodo no caule das árvores, a marcha da caudal diminui, decrescendo

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