História do Brasil T4 - O Império, 1947

do lugar, heroico aventureiro, habituado às correrias da fronteira e convencido de que as "missões" eram presa fácil(1) Nota do Autor. Anistiou-o o coronel Câmara e o autorizou a invadir o cobiçado território(2) Nota do Autor.

Sabia o que dizia. Sem os jesuítas, os siete pueblos se estiolavam em irremediável decadência. Reduziam-se a um terço da antiga população. Os administradores militares confessavam o insucesso de sua política, para contentar os índios aldeados e manter as suas vilas com a primitiva prosperidade. No ânimo dos guaranis ficara o terror das matanças e opressões, que os castigavam em 1754. Não confiavam nos portugueses nem nos espanhóis. Inclinar-se-iam para os mais fortes. Assim aconteceu. De S. Martinho, com quarenta homens (entre estes, o alferes Almeida Lara e o furriel Gabriel Ribeiro de Almeida), seguiu Borges do Canto - em três de agosto de 1801 - para a Guarda de S. Pedro, que investiu de surpresa. Daí se desviou para o norte, tomou Santo Inácio e S. João Mirim (onde houve breve combate), e, a oito do mesmo mês, cercava São Miguel, capital das Missões. Rendeu-se cinco dias depois. O caudilho pediu reforços para o Rio Pardo, mas, sem os esperar, se apossou, sucessivamente, dos "povos" de S. Lourenço, São João, S. Luís Gonzaga e Santo Angelo. Capitulou do mesmo modo a "missão" de S. Borja(3) Nota do Autor. A esse tempo o coronel Câmara

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