História do Brasil T4 - O Império, 1947

Tito Franco, é, como Os Males do Presente, de Tavares Bastos (aquela de 1878, este de 1861) uma indagação de causas, o estudo do "meio social em que vivemos"(1) Nota do Autor, ou, mais vantajosamente, o seu julgamento. Não podemos desprender da "Circular", de Ottoni, o manifesto republicano de 70, quanto à insatisfação, ao descortino liberal, ao senso federalista, que nele falam. Só depois do americanismo de Tavares Bastos(2) Nota do Autor, (que reata a tradição provincialista, amortecida depois de 1839), da análise do self government por Paulino, da campanha democrática do "ministro do povo" (Ottoni), podia vertebrar-se o movimento republicano sem o sainete francês da geração da Independência nem o exagero antinacional de 1831.

A abolição da escravatura, (com o "abolicionismo", de Nabuco, erigido em movimento de regeneração social, em 1883), eleição direta, a federação, com ou sem a coroa, tumultuaram, na última fase do regime, as correntes intelectuais que disputavam o poder.

As ideias mais adiantadas, que, em 1860, espantavam os cautos políticos, eram em 1878 e 1880 ideias oficiais. O Imperador não lhes ficara atrás. D. Pedro II tem o lugar régio na história cultural, menos pela proteção que dispensou aos letrados(3) Nota do Autor do que pelo interesse com que os agrupou, ouviu e tolerou, na benigna assistência a todas as formas de nobreza mental. Um

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