História da História do Brasil, 1ª parte: Historiografia colonial

1532), Rio de Janeiro, tip. de D. L. dos Santos, 1867, precedida de noticioso prólogo, conforme lhe chamou. Publicam-se juntos outros documentos e notas e o "Livro da Nau Bretoa ao Cabo Frio (em 1511) por Duarte Fernandes".

A 5ª edição apareceu em 1927, na série Eduardo Prado, comentada por Eugênio de Castro.

A 6ª edição, finalmente, foi uma reedição da 5ª, feita em comemoração aos centenários de Portugal, em 1940.

Eugênio de Castro realizou nessa obra uma das mais eruditas edições críticas jamais publicadas no Brasil. Assim, a 5ª e 6ª edições devem ser consideradas como definitivas. Eugênio de Castro serviu-se do texto da 3ª e da 4ª edições, anotando-o por completo e juntando numerosos mapas gravados na Imprensa Militar.

Capistrano de Abreu foi quem indicou a Afrânio Peixoto o nome de Eugênio de Castro, oficial de marinha, quando aquele estava dirigindo a coleção de estudos brasileiros. "Foi bom para o Diário, porque o meu amigo aplicou-se à parte técnica e dará um livro como não temos igual"(17). Nota do Autor Em 1925 estava o trabalho terminado, aguardando apenas que Jordão de Freitas concluísse seu estudo(18). Nota do Autor Se Jordão separar os Pero Lopes enumerados por Frei Luís de Sousa terá feito obra de vaqueano", escrevia Capistrano de Abreu(19). Nota do Autor Eugênio de Castro ocupava-se com o Diário desde 1923, estudando as manobras, rumos e sondagens(20). Nota do Autor

6. Narração de Cabeza de Vaca

Alvar Nuñez Cabeza de Vaca, descobridor, governador e aventureiro (Jerez 1500 - Sevilha 1560), era homem de família aristocrática. Tendo participado da desastrada expedição à Flórida (1527-1536), foi um dos quatro sobreviventes dos quatrocentos homens que a compunham. Sua Relação da expedição (1542) criou na Espanha a noção da riqueza do Novo México. Retornou à Espanha em 1537 e em dezembro de 1540 partiu para Cádiz, desembarcando na ilha de Santa Catarina em março de 1541. Seguiu por terra até Assunção do Paraguai em março de 1542.

Cabeza de Vaca vinha como adelantado ou governador da Província do Rio da Prata. Foi destituído e aprisionado em consequência de um motim, durante um ano. Em março de 1545 foi enviado à Espanha, processado, condenado, desterrado para Oran, indultado e nomeado juiz em Sevilha, onde terminou seus dias.

Os Comentários de Alvar Nuñez Cabeza de Vaca, escritos por Pero Hernandez e publicados em Valladolid em 1555, a Narración general que Alvar Nuñez Cabeza de Vaca hizo al Consejo de las Indias em 1552 e a Relación de las cosas sucedidas en el Rio de la Plata, composta em 1545, recordam a viagem através das selvas do Brasil, as peripécias e os sucessos de sua governança, atribulada por desordens que culminaram na sua prisão aos 25 de abril de 1544 e seu retorno aos 24 de abril de 1545.

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