História da História do Brasil, 1ª parte: Historiografia colonial

embora não fosse o único conselheiro real, ele tornou-se desde então até 1750, quando faleceu D. João, o principal inspirador e definidor da política, sobretudo externa, de Portugal. Uma das suas grandes finalidades é promover o reconhecimento da expansão territorial do Brasil e deste modo traçar-lhe os limites.

Coube-lhe a visão do problema no sul, tentando alargar o mais possível o Brasil na direção do Prata, e percebendo que ali se formaria o grande foco de tensão política e econômica entre hispano-americanos e luso-brasileiros, ainda que cedendo no Amazonas, pois a extensão de terras neste era tão grande que em muitos séculos Portugal o não poderia povoar e nem os espanhóis fariam proveito do que lhes fosse cedido.

Conclui Cortesão que "malgrado a execução do Tratado de Madri se haver malogrado, em 1761, legou para sempre aos brasileiros a consciência e o fundamento jurídico do espaço próprio e de seus limites legítimos e inalienáveis". E finaliza dizendo na sua conferência pronunciada em homenagem ao segundo centenário do Tratado de Madri que "hoje e pela primeira vez, à luz de provas irrefutáveis, Alexandre de Gusmão surge como um dos mais fecundos e originais polígrafos portugueses e brasileiros"(148). Nota do Autor

Sua bibliografia não está levantada completamente(149). Nota do Autor

Sua contribuição histórica foi reconhecida por Diogo Barbosa Machado ao pedir-lhe dados sobre seus escritos(150). Nota do Autor Sobre suas atividades na Academia Real da História Portuguesa deve-se consultar a obra do secretário da mesma, o Conde de Vila Mayor(151), Nota do Autor bem como os Documentos Biográficos e as Obras Várias(152). Nota do Autor

Sua obra como historiador é uma pálida imagem da sua vida como estadista. Seu discurso ao tomar posse como acadêmico da Academia Real da História Portuguesa(153) Nota do Autor é a prova de seu pragmatismo. A "Prática" diz pouco sobre o pensamento histórico de Alexandre de Gusmão. "É a lição da História um segundo seminário de heróis, e descobrindo à sua generosidade novo caminho para remunerar aos mortos os serviços que

História da História do Brasil, 1ª parte: Historiografia colonial - Página 533 - Thumb Visualização
Formato
Texto