As relações entre a Áustria e o Brasil; 1815-1889

tendem a defender os pontos de vista da política nacional; assim, por exemplo, os jornalistas exploravam as histórias dos agentes de recrutamento e narravam as doenças, a falta de alimentação, o baixo nível de vida no Brasil para os emigrantes. Com todo o respeito aos pontos de vista da Áustria, em relação aos seus emigrantes para o Brasil, um exame imparcial demonstraria provavelmente que o emigrante austríaco estava em condições superiores às dos habitantes do Brasil, mesmo que não estivessem em condições superiores às da sua pátria nativa.

As relações comerciais entre as duas nações malograram-se na maior parte porque o mercado da Áustria, por natureza fechado, não podia orientar-se para os negócios transoceânicos. As mercadorias austríacas nunca foram capazes de competir com as inglesas e francesas no Brasil. Os ingleses tinham logo obtido concessões comerciais e eram, pois, a nação mais favorecida. O relatório do barão von Walther sobre a situação do comércio entre a Áustria e o Brasil (acima referido) contém uma excelente exposição do assunto. Seu relatório sobre o momento aplica-se exatamente tanto ao fim do século quanto à data de 1820 em que foi apresentado.

Assim, nesse estudo, descrevendo as simples relações diplomáticas e culturais entre uma antiga e grande potência da Europa e um jovem e animoso Estado do Novo Mundo, tentei dar um quadro exato dos laços tecidos entre os dois Impérios.

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