Do Brasil filipino ao Brasil de 1640

bastantes. Queria o monarca obter uma frota de 50 galeões (29)Nota do Autor. Mas como? A empresa não podia constituir apenas um problema militar, no envio de socorros, porque difícil seria desalojar o inimigo se lhe fosse permitido manter as linhas da sua navegação comercial. Importava, antes de mais, proibir às nações estrangeiras a navegação e o comércio das conquistas ultramarinas de Portugal, pois no seu regresso do Brasil essas naus traziam fazendas que escapavam aos direitos régios (30)Nota do Autor. Todo o dinheiro que fosse possível obter no comércio das naus portuguesas com o Brasil devia ser aplicado na formação da armada para desalojar os rebeldes da capitania de Pernambuco.

O almirante espanhol deixava uma parte dos soldados na Bahia e socorria depois as capitanias de Pernambuco e da Paraíba. Não se tratava de dar combate aos holandeses, mas de preparar a chegada de uma frota mais poderosa que não tardaria em sair de Lisboa.

A esquadra de Oquendo chegou à Bahia em 11 de julho, tendo cumprido a sua missão; e quando se preparava para abalar para o Recife, em fins de agosto, o capitão espanhol foi interceptado, à saída do porto da Bahia, por uma frota holandesa do comando de Hans Peter. Uma terrível batalha veio a travar-se em 12 de setembro, "de sucesso duvidoso", segundo um autor coevo, mas que hoje se reconhece ter sido favorável à esquadra luso-espanhola (30A) Nota do Autor.

A contribuição dos mercadores e homens de cabedal

Os meses iam passando e os aprestos da nova esquadra faziam-se a um ritmo lento que desencorajava os habitantes do reino e — por razões bem legítimas — o próprio monarca. Havia falta de dinheiro para dar um rápido andamento à expedição. Filipe IV, por carta de 2 de agosto de 1631, insistia com o conde de Basto para que este ordenasse uma Junta para se fazer um empréstimo de dinheiro aos homens de cabedal. O

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