Bahia, no ano de 1624, as várias "nações" estrangeiras acorreram com substancial apoio financeiro (34)Nota do Autor. Eram os próprios mercadores portugueses que entendiam ser justo obter a coparticipação de colegas de ofício, tão interessados como eles próprios na restauração de Pernambuco.

Não nos compete fazer o inventário desses "capitalistas" da Coroa, mas o rol dos contribuintes revela as mais variadas profissões: desde ourives de ouro a médicos e outros licenciados, desde mercadores e confeiteiros a homens de mar e oficiais da milícia.

A preparação da grande armada do Brasil

Impunha-se que a grande armada, que devia seguir a de Oquendo, partisse em setembro de 1631, sem mais demora (35)Nota do Autor. Mas as dificuldades eram imensas para recolher a gente necessária. O fidalgo Antônio de Oliveira de Azevedo fora à cidade de Beja fazer uma leva de soldados e sofreu o vexame — por razões privadas com um seu inimigo — de ser atacado e ferido com vários homens que tinha recrutado (36)Nota do Autor. E a Junta da Fazenda mandou informar o monarca de que não se via meio de a frota estar pronta.

Quando Filipe IV soube que a frota do comando de Oquendo chegara ao Brasil e conseguira impor-se aos holandeses no primeiro reencontro, ordenou que D. Fradique de Toledo partisse em direção à Bahia, com a maior brevidade. E um mês depois da partida do almirante — tal o plano do rei — seguiriam seis galeões, com 400 homens experientes na arte da guerra, "para tratar dos efeitos que se lhe encarregam" (37)Nota do Autor. Tudo projetos que foram letra morta. Mas não bastava varrer os flamengos do Brasil, era também preciso dominar o oceano para impedir o inimigo de ancorar naquelas paragens. Deviam por isso aprestar-se em Portugal uns 20 galeões e a Coroa de Castela faria o possível para ajudar a empresa, não olhando a sacrifícios materiais. A carta de Filipe IV contém esta frase sintomática: "eu gastarei minha Fazenda nisto e tudo o que faltará para restaurar