o Brasil ao seu primeiro ser". Se em julho de 1632 uma forte esquadra ibérica pudesse sulcar as rotas do Atlântico, os dois Impérios ibéricos ficariam livres do seu maior inimigo (38)Nota do Autor.
O monarca não esquecia o agravo aos brios da Nação que constituía a queda de Olinda. Se esta se devera à fraqueza militar ou a menos heroísmo dos soldados portugueses, não haveria que premiar tais feitos nem atender os pedidos de mercê. Era dever dos membros do arraial não o abandonarem em tal conjuntura. Assim, uma carta régia de 4 de maio de 1631 determina que se, prendam os que vierem de Pernambuco ao reino a solicitar a paga de serviços: não apenas deviam ser indeferidos os seus requerimentos, como se impunha punir os faltosos por terem deixado aquele Estado, numa hora em que a sua presença era necessária (39)Nota do Autor. Uma carta de 26 de agosto desse ano, de Matias de Albuquerque ao rei, pedia que fossem presas e castigadas no reino as pessoas que deixassem a capitania de Pernambuco sem licença do Capitão local (40)Nota do Autor; e Filipe IV concordou com o pedido por achá-lo legítimo.
Mas se muitos não eram dignos de recompensa, sucedia que outros moradores ou soldados de Pernambuco tinham-se mostrado à altura das dificuldades. O monarca ordena que apenas se provessem cargos de milícia ou ofícios da Fazenda e da Justiça nas pessoas que tivessem assistido na dita guerra "com risco das suas vidas" (41)Nota do Autor. E a partir de 1632 encontramos referência a dezenas de requerimentos com tal pretensão. Não sendo possível referir todos os nomes deixamos apenas três ou quatro casos dignos de menção histórica.
Em 1631 o padre Frei Mateus de S. Francisco, religioso e pregador da Ordem Terceira, recebeu a mercê de Capelão-mor das armadas de Portugal, por tempo de um ano, e em 26 de novembro de 1631 confirmava-se-lhe a posse do mesmo cargo; e como o impetrante se mantinha no arraial de Pernambuco, o rei entendia ser justo manter-lhe a mercê (42)Nota do Autor. Em 25 de agosto de 1634 concede-se a pensão anual de 60 mil-réis, do hábito de Cristo, a Domingos Correia, natural de Refoios, termo da vila de Ponte de Lima, que prestara serviços em Pernambuco contra os holandeses (43)Nota do Autor. Em 24 de janeiro de 1635, D. Francisco de