7 de março as tropas do coronel Sigismundo Schoppe estavam solidamente instaladas nessa praia, enquanto preparavam os novos ataques que iam lançar na região da Paraíba.
Que a zona costeira de Pernambuco estava bem controlada pelos navios de guerra flamengos, comprova-o o próprio Joannes de Laet (62)Nota do Autor. E a partir de abril, vários barcos da Companhia patrulhavam, com frequência, a área do cabo Agostinho, lançando mão de quaisquer navios de comércio que ali encontrassem; essa circunstância tornava, pois, o tráfico comercial muito difícil para os navios estrangeiros, na zona costeira ao sul de Pernambuco. Refere Jacques Raynard que, descendo para a baía de Todos-os-Santos, a sua nau, duas léguas antes de atingir esse porto, foi atacada por quatro navios de guerra holandeses, que patrulhavam as costas da Bahia. Estava-se no dia 7 de setembro. Travou-se duro combate, que se prolongou por espaço de oito horas, e que pela favorável circunstância em que decorreu para os franceses, mais parecia atribuir-se a um milagre. A carta refere que foram mortos mais de 60 dos atacantes, entre eles o capitão do navio-chefe, tendo apenas havido, do lado francês, alguns feridos que depressa se restabeleceram, ainda que as velas e antenas da nau ficassem em estado lastimoso (63) Nota do Autor.
Quais seriam os navios holandeses que deram luta à nau de Tortel? Julgamos crer que se tratava do Salmander, de 6 canhões de bronze e 30 de ferro; do Tholen, de dez canhões de bronze e 18 de ferro; do iate Swaen, de 24 canhões; e, enfim, do Deventer. O autor dos Anais confirma que, no mês de setembro de 1634, estes barcos patrulhavam as costas da Bahia, e fornece um precioso informe acerca do último, que talvez se pudesse aplicar ao combate com a nau de Tortel; desse navio assinala "que deu combate ali a um navio marselhês com 14 colubrinas e que vinha do mar; mas como ele se chegasse muito à costa e lhe viesse socorro de Santo Antônio teve de abandoná-lo, havendo perdido cinco homens e quatro feridos" (64)Nota do Autor. O número de canhões de cada barco não corresponde ao que Raynard menciona, mas este não era obrigado a saber