Do Brasil filipino ao Brasil de 1640

A ameaça Holandesa em 1636-37

No ano de 1636 o Brasil continuava à mercê dos holandeses que, centrados em Pernambuco, ameaçavam a linha de costa do Nordeste e forçavam o interior daquela Capitania. Vinham dali constantes pedidos de socorro, conhecendo-se uma relação que foi entregue em Lisboa, por um João de Magalhães Barreto, com a indicação das armas e mais apetrechos de guerra que eram necessários em Pernambuco (68)Nota do Autor. Uma notícia do tempo comprova a quantidade de material e o número de homens que o governador do Brasil exigia para acabar com a pressão flamenga (69) Nota do Autor.

A Paraíba fora tomada no início de 1635, tendo o governador Antônio de Albuquerque abandonado a capitania. Os flamengos tentaram depois submeter o Território que separava a Paraíba do Arraial de Pernambuco, sendo o comando da expedição confiada ao coronel Arcizewski. Deu-se em seguida a tomada de Pôrto Calvo, em março de 1635, acompanhada da rendição da fortaleza da Nazaré, no cabo de S. Agostinho, pelas tropas de Schkoppe. A pressão dos flamengos ao Arraial ia-se fortalecendo (70)Nota do Autor.

Por esse tempo começava a tomar vulto a hipótese de um ataque holandês à costa de Angola. O governador daquela colônia pedira socorro em gente, pólvora e material, porque receava "as intenções inimigas sobre aquela região"; mas a princesa Margarida respondia não ter meio de socorrer Angola, porque as dificuldades do Brasil eram maiores e mais urgentes (71)Nota do Autor. Para ali seriam enviados mil mosquetes e 500 arcabuzes, enquanto não fosse a grande frota para acabar de vez com os flamengos.

Ao longo do ano de 1637 a realeza filipina vive no pavor da conquista do Brasil pelas tropas de Maurício de Nassau. Das várias capitanias chegam constantes pedidos de socorro. Rodrigo de Miranda Henriques pede reforços para guarnecer

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