que poderíamos denominar solidarista, de democracia, e cujas raízes estão nas doutrinas de Suárez (que o formulou, talvez, melhor do que ninguém), o sujeito da soberania é a nação, uma comunidade de homens livres, mas com existência própria e distinta da dos sujeitos componentes.
Os conservadores não negavam os direitos do homem, mas dentro da ordem social e do corpo político. A nação compõe-se de cidadãos, de homens livres, com direitos naturais, civis e políticos, alguns anteriores (ontológica, se não cronologicamente) ao corpo político e ao Estado. Mas ela, a nação, existe, com direitos próprios, distintos de todos os demais e, principalmente, com uma realidade própria(4) Nota do Autor.
Daí a posição de ambas as correntes em face da monarquia. Para os liberais uma situação de fato, um "acidente útil", algo que estava aí, por força de circunstâncias históricas aleatórias, que poderia ser mantida enquanto bem servisse, mas que, doutrinariamente, era um espinho na garganta. Para os conservadores, uma condição de liberdade, por ser a base da imparcialidade da lei - e a liberdade, somente sob o império da lei. Mais ainda, o Imperador era a encarnação viva da unidade nacional no tempo e no espaço.
Esta distinção, por aí, mostra de modo vivo, a diferença.