Deodoro: a espada contra o Império Tomo 1 – O aprendiz de feiticeiro (da Revolta Praieira ao Gabinete Ouro Preto)

Melo(*).Nota do Autor A Vida Fluminense mostra Ladário, tentando limpar, no chão do cais, a mancha causada pelo seu aviso ministerial, e acompanha a caricatura destas quadras jocosas:

"No quadro da simpatia

Entre uma e outra nação,

Alarido fez um dia

Enorme e negro borrão.



Mas corrido, envergonhado,

Busca hoje, com tal presteza,

Fazer um quadro aceiado

Daquela indelicadeza.



P'ra o que... Vejam... Não descansa...

Ei-lo aí, muito empenhado

A ver se apaga a lembrança

De que andou mal avisado...



Impossível, pois por mais

Que trabalhe e emende a mão,

Hão de as côres nacionais

Ressentir-se do borrão.."

As penas de Rui, de Quintino Bocaiúva e outros jornalistas fizeram de Custódio José de Melo, oficial de excelente fé de ofício, mas sem projeção especial em sua classe, uma figura popular e prestigiosa. Tão popular e prestigiosa ia se tornando quanto Ladário, o José Pimpão, Barão do Alarido, ia se afundando na impopularidade e no ridículo, elaborado com os maiores requintes pelas baterias implacáveis da imprensa de oposição.

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