"Por mais que eu queira não posso
Desviar-me do Jardim.
Que diabo fiz eu a ele
Para andar atrás de mim?"
E sob a caricatura de Silva Jardim esta outra:
"Hei de segui-lo, já disse,
Custe lá o que custar;
Entre balas e tumultos
A República hei de achar".
Felizmente para ambos quase não houve incidentes desagradáveis, na dupla excursão. Apenas, em Pernambuco, José Mariano, o antigo e ardoroso abolicionista, incitou o povo a dar mostras de desagrado a Silva Jardim, havendo então ligeiro conflito, e em Manaus os moços do Clube Republicano local foram ao encontro do Conde d'Eu, para oferecer-lhe um folheto, contendo o programa republicano, que o príncipe recebeu, um tanto desconcertado, mas sem protesto...
Enquanto se realizava a singular competição monárquico-republicana, através do Brasil, na capital do Império o ambiente era bem mais acalorado e explosivo. O Barão do Rio Apa era elevado a comandante da Guarda Nacional, cujo quartel fora instalado à Rua da Lapa, 79, e galardoado com a polpuda, - para a época, - gratificação mensal de 200$000. Na mesma oportunidade, anunciava-se a adesão do Barão de Avelar ao movimento republicano. E tudo era pretexto para manifestações hostis ao governo e à monarquia. É curioso, sem dúvida, o fato de que a "Marselhesa" se convertera numa espécie de hino dos republicanos brasileiros, tocado ou cantado habitualmente nas reuniões de caráter antimonarquista. Do mesmo modo, o dia 14 de julho, data da queda da Bastilha, recebeu, em 1889, uma consagração especial, talvez porque, entre outras significações, tivesse a de haver marcado o início da queda da dinastia francesa dos Orléans, de que o Conde d'Eu era um representante no Brasil. Os