uma importante missão. Travavam-se, na Bahia, os encontros decisivos, em Itaparica e Pirajá, entre as forças brasileiras, comandadas pelo general Pedro Labatut, e as portuguesas, chefiadas pelo general Madeira, enquanto o almirante Cochrane fazia o bloqueio marítimo das costas baianas. Deram, em Recife, ao então primeiro-sargento Manuel Mendes da Fonseca, grande conhecedor dos caminhos das Alagoas, a incumbência de conduzir, por terra, um comboio de armas e munições, para reforço das tropas imperiais. Saiu-se tão bem dessa missão que, logo em seguida, mais armas e munições lhe foram confiadas, para que organizasse novo comboio e fosse levá-las às forças de Labatut.
Derrotados definitivamente os portugueses, a cooperação de Manuel Mendes da Fonseca não foi esquecida: a 1.° de outubro de 1823 era promovido a alferes e transferido para o Corpo de Infantaria de Linha da Província das Alagoas. O posto de alferes correspondia ao de segundo-tenente nos dias de hoje. Alcançava, assim, o oficialato aos trinta e oito anos de idade e dezesseis anos depois de haver sentado praça. Num Exército novo, que se ampliara pelas necessidades das lutas da independência e em cuja oficialidade havia grandes claros a preencher, as promoções iam se tornar, agora, bem mais fáceis. Pouco mais de dois meses depois, o alferes era promovido a capitão, numa nova prova de reconhecimento do comando imperial. A comissão que então recebe é a de ajudante de ordens do comandante das armas da província de Alagoas.
Aí se fixa o novo capitão, que em Anadia conhece uma jovem alagoana, Rosa Maria Paulina, por quem se apaixona apesar da grande diferença de idade entre os dois. Em verdade, podia a moça ser sua filha. Beirava ele os quarenta anos e ela mal passava dos vinte. Solteirão mais pelas exigências da vida militar do que por inclinação, sente-se tentado, agora, a constituir família.
Decidido o casamento, outra vez tem de pegar em armas, ajudando a esmagar um novo movimento republicano. Até Alagoas haviam chegado os reflexos da nova insurreição pernambucana, a de 1824, com Manuel Pais de Andrade e Frei Caneca à frente. As vilas de Atalaia e Anadia, assim como a povoação de São Miguel, caíram em mãos dos