A Bahia e a carreira da Índia

uma soberania que geralmente ela esteve longe de possuir, premida por compromissos internacionais que lhe exauriam os esforços de recuperação econômica. Não obstante, na própria origem da assunção desses compromissos estava inerente a orientação comercial que presidia a administração colonial e que não via no Brasil senão a possibilidade de fornecimento de gêneros tropicais e matérias-primas.

Considerada a Carreira da Índia por tudo quanto ela significa, uma expressão das chamadas "grandes navegações" portuguesas, o Brasil deixa de ser apenas uma consequência dessas viagens, como sempre foi considerado, pois elas ainda por muito tempo depois da esquadra cabralina, continuarão sendo "grandes", com toda a força significativa que a palavra encerra, e nelas o Brasil estará integrado, como partícipe ativo durante os séculos XVI, XVII e XVIII.

Dessa maneira, mostrar que o Brasil, desde o início de sua colonização não permaneceu isolado, como querem alguns dos nossos historiadores, nem apenas ligado de forma umbilical à Metrópole, é um dos motivos condutores que melhor resumem o que se pretende com este trabalho.

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