A Bahia e a carreira da Índia

sido a mesma ali fabricada e lançada ao mar em agosto de 1724. Tinha uma tripulação de 500 homens e armava 74 peças, não obstante às vezes aparecesse com 64 peças. Suas dimensões eram:

Comprimento - 56m

Boca - 14m

Pontal - 12m

Não se tem conhecimento se chegou a navegar para o Oriente.

Refs.: A. Sousa GOMES, Carpinteiros da ribeira das naus, p.22; Antônio Marques ESPARTEIRO, Marinha brigantina, vol. I (naus e navetas), p.115; Quirino da FONSECA, Os portugueses no mar, vol. I, p.517.

*

Nau - "SANTO ANTÓNIO E SÃO JOSÉ" (1763-1794)

Histórico - Foi construída na Bahia por mestre Antônio da Silva, tendo sido lançada ao mar em 29 de janeiro de 1763. Incluindo a artilharia, o seu custo foi de 134:904$283 réis. Os textos variam no tocante ao número de suas peças, às vezes dão-na como de 64 peças, outras de 70 e 74 peças. Fez a primeira viagem para Portugal, sob o comando do Capitão de Mar e Guerra Bernardo de Oliveira de Abreu e Lima, conduzindo madeiras do Brasil. Era também conhecida por Santo Antônio, a Pérola da América. Os marujos haviam-na apelidado de Cão; por ter a figura de um cão na proa. Em 1794 sofreu reparação geral no arsenal da Marinha de Lisboa, quando foi modernizada e mudou o nome para "Infante D. Pedro Carlos". Em 1807, novamente foi reparada e mudou de nome, passando a chamar-se "Martim de Freitas". Ainda não seria este seu último nome, pois com a independência do Brasil recebeu a denominação de "D. Pedro I". Ao ser lançada ao mar tinha o nome de "Santo Antônio, São José e Almas". Sua construção no Salvador parece ter-se iniciado por volta de 1761. Os manuscritos 6.273 e 6.427 têm toda a discriminação de sua despesa de construção.

Refs.: Ms. 6.035-6.036, 6.273, 6.427, Bahia, P.a.c., AHU; Antônio Marques ESPARTEIRO, Marinha brigantina, vol. I, pp.319 e segs.; Quirino da FONSECA, Os portugueses no mar, vol. I, pp.526, 575 e 576.

*

A Bahia e a carreira da Índia - Página 338 - Thumb Visualização
Formato
Texto