A Bahia e a carreira da Índia

movimento de alguns navios portugueses da Carreira da Índia que escalaram no porto da cidade do Salvador nos séculos XVI, XVII e XVIII.

Anotações aos quadros de números 1 a 3

Uma das partes mais afanosas de nossa pesquisa foi a da elaboração dos quadros demonstrativos do movimento de alguns dos navios portugueses da Carreira da Índia que se dirigiram para a Bahia ao longo do período aqui estudado. Esses quadros, somos o primeiro a reconhecer, estão bem distantes de espelhar a realidade histórica. Por isso mesmo tornaram difícil e aumentaram bastante o risco de incidência em erro para qualquer tentativa de análise e interpretação, que pudéssemos ter realizado. Servem contudo para ilustrar a continuidade do roteiro marítimo que estudamos ao longo da tese.

A carência de informações que a pesquisa constatou deu assim em resultado um número de navios arrolados relativamente inexpressivo para o dilatado período compreendido pela tese. Entretanto, se considerarmos que as viagens estavam sujeitas às monções que, entre ida e volta, ocorriam apenas duas vezes ao ano bem como ainda o fato de em boa parte do período estudado ter vigorado o regime de frotas para a navegação, além das interdições que pesaram sobre o direito de escala na Bahia, concluiremos que o total de 253 navios, sem contar com a esquadra cabralina, representa um dado importante na comprovação das teses aqui esposadas.

Para tornar-se possível a identificação das embarcações, através dos comandos, cargas, acidentes, etc., recorremos a uma diversidade de fontes, que contudo não chegaram a esclarecer-nos todos os elementos desejáveis nem tampouco a precisão nas datas. Esse é o motivo de não figurarem nos quadros a natureza das cargas embarcadas, desembarcadas ou em trânsito, bem como o seu valor, elementos sem dúvida de grande importância para os objetivos do nosso estudo. Ligado ao mesmo

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