onde o escambo é corrente, ainda, não se pode encontrar aquele tipo que marca o modo de vida urbano, o tipo ocidental, caracterizado pelas atividades comerciais (ou industriais) que a partir do século passado se fixou naquelas "contas magnas" do colar litorâneo e nos grandes burgos planaltinos.
A própria distinção que fazemos dos agrupamentos humanos do município de acordo com as atividades, ressalta a nosso ver, a característica da cultura rústica, presente tanto em Piaçabuçu — cidade sede do município — bem como nos povoados constelares da comunidade estudada. Vejamos a classificação.
A fixação do homem depende muito do que a terra lhe dá, assim grosso modo poderíamos classificar os povoados do município segundo as atividades nas quais se ocupam seus moradores. Teríamos quatro classes de povoados situados nas redondezas de Piaçabuçu. Há um povoado, porém, que não se classifica em nenhum destes grupos, será o único do quinto grupo. Este ocupa apenas um espaço geográfico e praticamente não tem relações com a sede municipal.
O primeiro grupo, onde está o maior número de povoados e a maior população, chamaríamos de Povoados do Arroz. Há, também, neles alguma produção de coco, mas que não ocupa os braços da totalidade de seus moradores, porque estes na realidade estão voltados para a rizicultura: ilha do Gondim, Potengi, Paraíso, Barra do Limoeiro, Retiro, Batinga, Tumucum e algumas fazendas marginais do São Francisco que não chegam a constituir um povoado, não atingindo 25 fogos, como preceituavam as Ordenações do Reino.
A um segundo grupo de povoados chamaríamos dos coqueirais. Estes, não muito grandes, de tamanho médio ou mesmo pequenos como Flexeiras, Dendezeiro, Urumbeba e o maior deles Bonito, onde há uma escola rural.