Medicina rústica

A segunda cultura florescente do município é a do coco de praia ou coco da Bahia (cocos nucifera L.). A faixa litorânea é toda de coqueirais. Algumas pequenas propriedades, ali denominadas "cercado", ultimamente vêm sendo compradas, aumentando os latifúndios.

Teríamos um terceiro grupo onde há o cultivo do coco e pesca. Os pequenos proprietários dividem seu tempo entre a pesca de peixes do mar em jangadas e a colheita de cocos. O número de sítios de coqueiros cadastrados no município, em 1950, era de 742. São pequenas propriedades. Há uns oito ou nove latifundiários de coqueirais, o restante são pequenas propriedades e se concentram nos dois povoados: Feliz Deserto e Pontal do Peba. Aquele muito mais importante por causa do número maior de casas e também do maçunim de praia (marisco) ali abundante do "mês de São João até mês de Sant'Ana" (junho a julho). Incluiríamos neste grupo Pontal da Barra que nasceu da necessidade de um posto sinaleiro de telégrafo bem na foz do rio, onde os poucos moradores dedicam seu tempo à colheita de coco de praia e pesca de rio, abundante por causa dos peixes anádromos que do mar procuram as águas do São Francisco. A foz do São Francisco nunca ofereceu condição favorável para edificação de povoados, razão pela qual os antigos currais de gado (de antes dos flamengos) terem sido estabelecidos muitas léguas acima da foz. É claro que havia, também uma determinação régia para que os criatórios se estabelecessem léguas adentro da orla marítima, mas, no caso presente, a fundamental foi sem dúvida a primeira causa apontada. Com o aparecimento do telégrafo, para se estabelecer mais rápido contato com Penedo, nessa época dominador de todo o comércio de uma vasta área, atingindo mesmo Minas e Piauí, para sinalização e auxílio que os práticos têm que dar aos navios que desejam entrar rio adentro, estabeleceu-se

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