nas secretarias de Estado ou bibliotecas públicas e os emprestasse para cópia.(5) Nota do Autor
A primeira iniciativa de pesquisa no estrangeiro pertence a Rocha Cabral, ao pleitear que o Instituto Histórico empregasse todos os seus esforços para mandar vir de Portugal importantes manuscritos que lá deviam existir sobre o Brasil.(6) Nota do Autor Mas a melhor medida prática veio de José Silvestre Rebelo, ao pedir que o corpo legislativo autorizasse o ministro dos Negócios Estrangeiros a mandar um adido à Espanha e outros países, a fim de copiar os manuscritos importantes que ali existissem, relativos ao Brasil.(7) Nota do Autor A proposta foi aprovada pelo governo, assim como as instruções para o adido.(8) Nota do Autor
Januário da Cunha Barbosa, no discurso do primeiro aniversário do Instituto, agradece ao imperador o amparo que dera à iniciativa deste e louva a nomeação do primeiro pesquisador público brasileiro, José Maria do Amaral, o qual, por Decreto de 23 de agosto de 1839, foi removido da Legação de Washington para as de Madri e Lisboa, a fim de coligir documentos que pudessem interessar à história do Brasil, na conformidade das instruções que lhe enviaria o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, com o qual deveria manter-se em constante e direta correspondência. Em carta de 11 de setembro recebia Amaral as instruções de Januário da Cunha Barbosa. Mas só a 11 de junho de 1840 pôde chegar a Lisboa e tratar de obter a indispensável permissão oficial para trabalhar nos Arquivos.
J. M. do Amaral não estava preparado para essas tarefas, ao contrário de Varnhagen, que o irá substituir; e ele próprio escreve: "Se os bons desejos, se o entusiasmo, se o amor-próprio lisonjeado podem substituir as qualidades que o Instituto vê em mim para o bom êxito da sua empresa, devo ter alguma esperança no resultado desta minha comissão".(9) Nota do Autor
O Instituto Histórico não se ateve a esta única iniciativa. Em 1840, Rodrigo de Sousa da Silva Pontes retomava a lição de Januário da Cunha Barbosa para discutir quais os meios de que devia lançar mão o Instituto para obter o maior número possível de documentos relativos ao Brasil.(10) Nota do Autor Depois de acentuar que a primeira e mais urgente das incumbências deste consistia em coligir e preparar os materiais necessários para o estudo da história e geografia do Brasil, os quais se achavam depositados nos cartórios, em arquivos e em mãos particulares, mostra que o primeiro passo seria solicitar o consentimento do governador, das autoridades eclesiásticas e dos particulares,