como também de cartas particulares e documentos sobre a Independência e a Revolução de 1824.(15) Nota do Autor
Logo depois da fundação do Instituto Histórico, Meneses Vasconcelos de Drummond correspondia-se com os diretores, enviando papéis, sugerindo pesquisas, informando. "Eu possuo muitos papéis curiosos relativos à nossa história moderna destes últimos 20 anos. Bem vejo que deles não devemos fazer ainda uso, pois é muito cedo para julgar ações, cujos autores estão ainda entre nós; hei de, porém, tratar de os colecionar para os depositar no arquivo do nosso Instituto, donde sairão algum dia analisados". Comprava obras raras, "não com a rapidez que desejava, mas com o vagar que as circunstâncias me permitem". Os papéis do marquês de Aracati, que o Instituto lhe pedira obter, tiveram, informa ele, a mesma sorte dos papéis de Gonzaga; e acrescenta: Moçambique é a sepultura de papéis interessantes ao Brasil.(16) Nota do Autor
Grande parte dos seus papéis foi parar às mãos de Melo Morais, que lhe escreveu a biografia e editou mal alguns originais. A história dos documentos colhidos por Meneses Vasconcelos de Drummond está intimamente relacionada com a dos documentos de Melo Morais. Aqueles que ele deixou de ofertar em vida ao Instituto Histórico foram parar às mãos de Melo Morais e constituíram o acervo documental de origem estrangeira do arquivo do cronista. Este pesquisou, copiou, comprou e dizem que obteve, nem sempre por meios lícitos, milhares de documentos de arquivos, bibliotecas, cartórios e secretarias do governo. Durante 18 anos colecionou impressos e manuscritos acerca da história civil e política do Brasil e, assim, pôde formar, nas suas palavras, "a mais rica coleção que um historiador pode desejar, composta de crônicas manuscritas, de cartas régias, cartas de doações, ordenações, regimentos, alvarás, correspondências, notas de fundações, etc., desde 1502 até agora, segundo a ordem dos governadores e vice-reis do Brasil, desde Tomé de Sousa ao marquês das Minas, e do conde de Odemira, de Castelo-Melhor, até o conde dos Arcos, último vice-rei do Brasil".(17) Nota do Autor
Foi especialmente no Arquivo Nacional e no Arquivo da Secretaria do Império que Melo Morais pesquisou e extratou cópias de documentos. Ele mesmo declara, no Prefácio à Corografia Histórica, que foi "com estes recursos e com o grande arquivo de importantíssimos manuscritos originais, inéditos, do nosso venerando amigo, o distinto diplomata conselheiro Antônio Meneses Vasconcelos de Drummond, que pôde escrever aquele trabalho". "O conselheiro