"para mim as imagens com que Eça enchera minha adolescência..."(11) Nota do Autor
Agora mesmo, a cento e quatorze anos de seu nascimento, fundam-se no Rio, em São Paulo, em Porto Alegre e no Recife, círculos de admiradores, com o objetivo de estudar-lhe a vida e a obra, como tentáramos fazer, juntamente com Silvino Lopes, em 1948, com o "Clube dos Amigos de Eça de Queiroz", que assustadiços "ecianos", por falsos temores políticos, deixaram malograr.
De todas as cidades do Brasil, no entanto, aquela em que mais se afigura enraizado e permanente o culto a Eça de Queiroz, é o Recife. Muito cedo, decoraram os pernambucanos o seu nome; como ele mesmo, desde criança, aprendera o nome de Pernambuco, de mistura com as primeiras expressões que balbuciou na vida. Nascido a 25 de novembro de 1845, em Póvoa de Varzim, filho de pais solteiros - José Maria de Almeida Teixeira de Queiroz, brasileiro de naturalidade, e Carolina Augusta Pereira de Eça - foi entregue, para criar, à costureira Ana Joaquina Leal de Barros, pernambucana de nascimento, amiga dos avós paternos da criança e residente em Vila do Conde(12). Nota do Autor
É possível que a amizade entre a pobre costureira de Vila do Conde e a família Teixeira de Queiroz venha a datar da época em que o avô de Eça, Joaquim José de Queiroz e Almeida esteve exilado no Brasil.
Ana Joaquina Leal de Barros, filha de Ana Maria da Conceição e de "pai incógnito"(13), Nota do Autor deve ter tido relações de parentesco com a família Leal de Barros, de Pernambuco, cujo varão foi o comerciante português Joaquim Leal de Barros, chegado ao Recife nos primeiros anos do século XIX. Desse Leal de Barros, que enriqueceu